Há dois anos, duas das Just Girls ainda eram adolescentes. Hoje, são quatro mulheres bonitas, mas dizem que só vão crescer "se o público exigir".
Há mais de dois anos que Ana Maria, Helga, Kiara e Diana são, de corpo e alma, as Just Girls. A banda feminina saída dos Morangos conseguiu feitos assinaláveis. A começar pelo álbum de estreia, o mais vendido em Portugal durante 11 semanas seguidas e que, rapidamente arrebataria quatro discos de platina, por vendas superiores a 80 mil exemplares.
Entretanto, com o segundo disco, as meninas conquistaram muitas mais. Em Março, no espectáculo que deram no Campo Pequeno, o quarteto recebeu das mãos de Luke d'Eça (4Taste) e Cifrão (ex-D'ZRT) - elementos das outras bandas nascidas na série da TVI - o décimo galardão platinado da carreira, sinal de que já haviam vendido 200 mil discos. Esse momento e o concerto Ao Vivo no Campo Pequeno estão agora reproduzidos num DVD, editado há cerca de dois meses.
A popularidade das meninas permitiu-lhes concretizar algo que muitos artistas só conseguem passadas décadas: encher duas das maiores salas do País: o Coliseu do Porto e o Campo Pequeno. Kiara Timas faz questão de agradecer o sucesso ao público. mas acredita que em grande parte se deve ao esforço que a banda: "O campo pequeno é uma sala que não de faz todos os dias. Há grandes cantores que gostavam de passar por ali e, para nós termos tido esse privilégio após uma carreira de dois anos é um mérito muito grande para nós..." O Campo Pequeno marcou ainda outra fase da vida da banda.
Após dois anos a usufruir de promoção quase diária na série juvenil da TVI, em Março, as personagens que o quarteto interpretava desapareceram do elenco dos Morangos. As Just tiveram de continuar a carreira sem essa "rede" confortável, mas passaram a estar cem por cento focadas na música. O regresso à representação ficou adiado. "Agora é continuar com a banda, a dar concertos. Se um dia mais tarde vierem propostas para cinema, teatro, televisão, estamos abertas a isso... Mas enquanto Just Girls, temos um público muito específico e, por agora, não faz sentido fazer-mos outro tipo de papéis. Há actores que saem dos Morangos e só passado um ano começam noutro tipo de novelas. Para nós, que temos uma banda, não fazia sentido começar já noutras coisas... Por isso, por enquanto não há convites, não há nada. Só a tournée", que as levará por exemplo, até a Santa Maria da Feira (11 de Setembro) e Tondela (dia 13).
As quatro acreditam que a banda tem potencial para sobreviver aos Morangos: "Temos a prova que isso pode continuar até porque achamos que os nossos fãs vão crescer connosco e mais tarde, podemos crescer também. Todos os dias trabalhamos para evoluir. Mesmo quando não aparecemos." Acima de tudo, respeitam o público. Apesar de estarem cada vez mais mulheres, e nenhuma pertencer já à faixa etária dos adolescentes que as adoram, a imagem que mostram nas sessões fotográficas e nos eventos públicos, bem como as roupas que usam, têm tudo que ver com o público juvenil, e nada com a de jovens sexy, comum noutras bandas femininas. Nenhuma aliás, se identifica com bandas como Spice Girls ou Pussycat Dolls, onde o sex appeal é fundamental.
Admitem mudar, mas apenas se o público o exigir: "Trabalhamos para os nossos fãs, se eles crescerem e acharem que devemos crescer com eles, nós passaremos para outro patamar..." Por enquanto, a prioridade das meninas é a digressão e os espectáculos. E adoravam dar um pulo lá fora: "Sabemos que temos fãs em vários países europeus, entre os emigrantes e mesmo em África, onde chegam os Morangos. Gostávamos muito de ir até lá tocar para eles". Para isso, anseiam pelos convites.
Natural do Porto, é a mais extrovertida das quatro, uma espécie de porta-voz natural das girls. A loira do quarteto adora desporto, mas a parte do corpo de que mais gosta são os olhos.
Nasceu na Inglaterra, onde viveu até aos dez anos. Pensava voltar para a segunda pátria quando foi seleccionada no casting dos Morangos e a vida deu uma volta de 180º graus. As companheiras dizem que é a mais meiga das Just, aquela que as restantes três protegem.
Kiara tem o calor de África na pele, no olhar e no coração. Agarrada à família, é, segundo as três companheiras "muito frontal", diz tudo o que pensa" e, conta Diana, "sem dúvida uma das pessoas mais doces que conheci"
Aos dez anos foi viver para Paris com a mãe. Voltou quando passou no casting dos Morangos. Assume-se "muito ambiciosa". As companheiras admiram-lhe "a posse e o ar misterioso" que fazem dela, uma espécie de mulher fatal.
As Just Girls tornaram-se numa marca tão forte que já justificou o lançamento de merchandising oficial próprio (entre eles T-shirts, posters, cráchas, fitas, postais autografados, etc,). O quarteto orgulha-se de ser a primeira banda portuguesa a colocar este tipo de produtos à venda ns principais lojas de música do Pais.
Muito obrigada à Andreia Caetano que transcreveu e enviou-nos estas imagens. E já sabes, ao comprares esta revista Nova Gente estas a apoiar as Just Girls.