Conscientes que são exemplos a seguir pelas pré-adolescentes, Kiara, Diana, Ana Maria e Helga evitam exageros de sensualidade e apostam tudo na autenticidade.
Cantam, dançam, representam. Atingiram a fama e centram as atenções onde quer que vão. Independentes e realizadas, estas "Cinderelas do século XXI" não precisam de príncipes para viver o sonho. Sabem que têm a capacidade de influenciar meninas que estão a começar a aprender a ser mulheres, mas não sentem essa responsabilidade como um peso.
Afirmam que tentam, apenas, nas suas vidas profissionais e pessoais, dar o exemplo, como se de irmãs mais velhas se tratassem. Da maneira de vestir, à atitude perante os fãs e os media, tentam manter-se sempre "cool": descontraídas, sorriso aberto e sinceridade no discurso.
"Não somos as Spice Girls, cada uma com o seu papel. Somos reais, somos nós próprias" Kiara fala pelos cotovelos, Diana passa o tempo a cantarolar, Helga parece ser a mais introspectiva e Ana Maria observadora e perspicaz. Já todas saíram de casa dos pais e prezam muito a sua autonomia. Apesar disso, Kiara assume que não toma decisões sem a opinião da irmã e preze a família acima de tudo. Diana morre de saudades do Porto, onde nasceu e sempre viveu até, há um ano e meio ter sido seleccionada para entrar nos Morangos com Açúcar. Quanto a Helga, veio de Paris de propósito para abraçar este projecto. Ana Maria estudou em Inglaterra, onde nasceu, até aos dez anos, e era para lá que tencionava voltar se as Just Girls não lhe tivessem dado a volta aos planos.
O dia-a-dia destas quatro jovens é muito exigente: "Temos ensaios de dança, aulas de canto, gravações intensivas, todas as semanas é feito um plano de trabalho que não deixa tempo para mais nada", explica Diana, que deixou suspensa a sua licenciatura em Educação Física na Universidade do Porto. No meio de tudo isto há muitas pausas, muitos períodos "secantes", queixam-se as Girls. Compassos de espera na rodagem das cenas para a novela e para os vídeos, pausas forçadas entre sessões de maquilhagem, mudanças de roupa e produções fotográficas, quilómetros infindáveis de viagens entre os vários locais do País onde acontecem os concertos, interrupções nas gravações das músicas... Tudo isto cansa. Estas quebras de ritmo incomodam sobretudo Ana Maria, que admite ser uma pessoa impaciente. Para se acalmar, gosta de se fechar às escuras, rodear-se de velas e cantar Linkin Park e Evanescence. Helga Posser nasceu para ser bailarina. O gosto pela música clássica ficou-lhe de quando fazia ballet em pequena e do que se habituou a ouvir em casa da mãe. Ler um bom livro ao som de Beethoven é, para Helga, a segunda melhor forma de relaxar. A primeira é mexer o corpo ao som ritmado do hip-hop. É a dançar que "limpa" o corpo e a alma do stress do dia-a-dia.
Revista Nova Gente Especial Adolescentes, Texto (Ana Prista)
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